A pesquisa de caso-controle por uma equipe de pesquisa liderada pela professora Júnia Serra-Negra da Universidade Federal de Minas Gerais tem sugerido que possível bruxismo do sono em adolescentes está associado com um histórico de envolvimento em bullying verbal na escola como vítimas, agressores ou ambos.
Os casos foram compostos por 103 alunos em Itabira, com idades entre 13 e 15 anos com bruxismo do sono possível (isto é, auto relato ou pais) e os controles de 206 adolescentes sem bruxismo do sono possível. Todos os participantes responderam um questionário sobre sua participação, se houveram episódios de bullying verbal na escola, baseado na pesquisa nacional de saúde com base escolar e uma avaliação de sua classe socioeconômica de acordo com os critérios da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa. O teste de Pearson chi-squared, o teste de McNemar e regressão logística condicional foram realizados para avaliar a associação entre bruxismo do sono possível, bullying escolar verbal e classe socioeconômica.
Entre os participantes, 134 (43,3%) relataram envolvimento em episódios de bullying escolar verbal como vítima, agressor ou ambos. A grande maioria (90,3%) era do sexo masculino. De modo geral, esses adolescentes encontraram probabilidade quatro vezes maior de sofrer bruxismo do sono (65%) em comparação com aqueles que não foram envolvidos no bullying escolar verbal (17%).
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